Às vésperas de decidir sobre o projeto que altera a distribuição dos 
royalties do petróleo, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira, 
durante o anúncio da ampliação do Programa Brasil Carinhoso, que o Brasil deve 
ser um País que cresça e leve "junto as pessoas", defendendo estabilidade 
econômica e o "rigoroso respeito aos contratos".
"É fato que defendemos o crescimento e a estabilidade econômica. É fato que 
defendemos o rigoroso respeito aos contratos. É fato que os estímulos aos 
investimentos produtivos e a ação rigorosa em prol da indústria brasileira é uma 
das nossas prioridades, mas defendemos todas essas políticas pelo que elas 
representam de benefício para toda a população, na forma de renda maior, emprego 
maior, ascensão social e conquista de direitos", discursou Dilma. 
O Brasil Carinhoso, que integra o Programa Brasil sem Miséria, é voltado para 
o combate à pobreza absoluta entre crianças de 0 a 6 anos. Agora, as ações do 
programa serão estendidas a crianças e jovens de 7 a 15 anos. O novo benefício 
deve vigorar a partir de 10 de dezembro.
"Esse caminho para a sociedade de classe média deve passar por muitos 
momentos e o mais difícil é que todos tendem a ser necessários e simultâneos. 
Deve passar pelo crescimento do Brasil, criação de emprego, educação de 
qualidade, alfabetização na idade certa, pela produção de ciência, por uma 
indústria forte, agricultura cada vez mais líder internacional, deve passar por 
muitos outros momentos", disse a presidente. "O Brasil sem Miséria é o nosso 
caminho", enfatizou.
Com essa ampliação no programa, o investimento no Brasil Carinhoso vai saltar 
de R$ 2,2 bilhões para R$ 3,94 bilhões, segundo informações do Ministério do 
Desenvolvimento Social e Combate à Fome. De acordo com o governo, a extensão dos 
benefícios vai incorporar mais 7,3 milhões de pessoas, fazendo com que o total 
de brasileiros que serão abrangidos pela iniciativa salte de 9,1 milhões para 
16,4 milhões.
O Brasil Carinhoso foi anunciado pela presidente Dilma em rede nacional de 
rádio e televisão e sancionado em outubro em cerimônia fechada à imprensa. "O 
Brasil dá um passo, refinando cada vez mais a sua política social", afirmou na 
ocasião.