A falta de médicos no interior da Bahia é um problema que afeta diretamente a 
população. Os números mostram que enquanto o Estado possui mais de 15 mil 
profissionais, que chega a superar a meta estabelecida pela Organização Mundial 
de Saúde (OMS) de um médico para cada mil habitantes, muitos Municípios sofrem 
com a falta de profissionais que residam nele.
De acordo com estudo da Assistência 
Médico-Sanitária (AMS) – com dados de 2009 –divulgado pelo Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (IBGE), existem pouco mais de 636 mil médicos atuando 
nos estabelecimentos de Saúde do país. Desses, mais de 40% estão localizados nas 
capitais. O quadro de distribuição dos profissionais de medicina mostra que 
Salvador e região metropolitana abrigam 66% dos profissionais do Estado, tendo 
apenas um quarto da população baiana vivendo nestes locais, aponta a 
pesquisa.
Os Municípios do Semiárido são os mais 
prejudicados, distância da capital, e poucos recursos, são problemas enfrentados 
na hora de contratar um médico para esta região. Em 2011 foi lançado o Plano 
Nacional de Educação Médica (PNEM). O plano pretende elevar o número do formados 
até 2020. Outra ação do PNEM é oferecer estágio remunerado nos prontos-socorros 
federais, por um período de dois anos, após a conclusão do 
curso.
Realidade
Para o 
presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, esse 
ainda é um assunto pouco abordado, e a carência de médico no interior do país é 
a realidade de muitos cidadãos brasileiros, principalmente nas Regiões Norte e 
Nordeste. “Os prefeitos não conseguem fazer o milagre da multiplicação”, afirma 
o presidente da entidade.
O governo pretende abrir quatro mil vagas de 
residência médica e 3,2 mil vagas de residência multiprofissional até 2014. O 
ministério da Saúde estabeleceu prioridade aos Municípios das regiões Norte, 
Nordeste e Centro-Oeste, pois é onde há maior demanda por especialidades 
médicas.