A Confederação Nacional de Municípios (CNM) alerta aos gestores que as 
responsabilidades referentes ao Plano Brasil sem Miséria aumentaram.  O Plano 
que é direcionado às famílias com renda de até R$ 70 por pessoa busca integrar: 
garantia de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva urbana e 
rural.
Para efetivação do Plano, o Cadastro Único e 
a Busca Ativa são estratégias utilizadas para o reconhecimento da população alvo 
do programa.  O Cadastro serve para os governos federal, estadual, distrital ou 
municipal conheçam as famílias mais pobres e organizem a oferta de serviços 
públicos para essa população. Todos os Municípios brasileiros operam o Cadastro 
Único. A Busca Ativa é o deslocamento de equipe até as famílias extremamente 
pobres para inclusão no projeto.
Para atender essas exigências, a CNM lembra 
que o Município precisa de uma estrutura de operacionalização que disponha entre 
outras coisas de equipamentos, de pessoal qualificado, de realização do 
translado da equipe e capacitação de pessoal. Para o presidente da CNM, Paulo 
Ziulkoski, todas essas responsabilidades precisam ser consideradas, pois a 
responsabilidade dos Municípios só aumenta em detrimento dos planos da 
União.
Mais gastos para o 
gestor
O Plano Brasil Sem Miséria implica em gastos 
para a Assistência Social e o recurso que a União tem informado para repasse é 
de pouco mais de três reais para cada família cadastrada. A CNM defende que o 
apoio financeiro de gestão seja reavaliado diante das exigências estabelecidas 
aos Municípios, uma vez que cabe ao ente municipal o papel de execução da busca 
ativa, preenchimento e atualização periódica das 
informações.