A plantação de Milho, Feijão e Mandioca 
está zerada em todo o Semiárido Baiano, que corresponde a 258 municípios, mais 
da metade do Estado. A perda foi total. A produção leiteira também continua 
sofrendo com a Seca, tendo perda média de 70%, chegando a 100% em Feira de 
Santana, por exemplo. Até o Sisal já sofre os impactos da atual situação, com 
perda média de 80%.
  Esses são apenas alguns dos dados do novo Mapa de 
Prejuízos divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária 
da Bahia, durante encontro realizado na sede da instituição, no bairro do 
Comércio, em Salvador. O Mapa é o mais atualizado documento com as consequências 
da grave estiagem na Bahia, que chega ao ponto mais crítico.   As medidas dos Governos 
Estadual e Federal são insuficientes, e longe da realidade. Os escassos recursos 
emergenciais esgotaram-se rapidamente e os financiamentos foram marcados pelo 
excesso de burocracia e lentidão, excluindo o pequeno e o médio produtor. 
Assistimos a um imenso retrocesso. O médio produtor já virou pequeno e o pequeno 
produtor está em vias de desaparecer.
  Também será 
realizado um movimento para solicitar aos Governos Estadual e Federal ações 
enérgicas, impactantes e imediatas, e protestar contra o descaso e a falta de 
apoio aos pequenos e médios produtores, que estão sendo dizimados. A gravidade 
da situação é de real calamidade, e é muitas vezes maior que o tamanho da ajuda 
que se teve até agora. Nesse momento difícil, é necessário, mais do que nunca, 
que os produtores se organizem, se mobilizem, e pressionem para que seja 
apresentado um programa de medidas concretas, estruturantes, de médio e longo 
prazo, para, finalmente, serem criadas condições de sair dessa crise, com a 
recuperação da economia agropecuária, e preparando, enfim, o produtor do 
semiárido baiano para conviver dignamente com a realidade da seca.
  Fonte: 
Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia - FAEB
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