"A ideia é que a informação seja nominal, com o salário recebido por cada um 
dos funcionários e suas gratificações", afirmou Marco Maia na tarde desta 
quarta.
O presidente da Câmara afirmou que não há data prevista para o início da 
divulgação, já que a posição é de esperar a edição de regulamentação pelo 
Ministério do Planejamento.
"Não há previsão de data. Temos uma decisão tomada de divulgar todos os dados 
da ficha funcional dos servidores, inclusive salários. Mas vamos aguardar o 
decreto do ministério, para fazer isso de forma organizada e conectada com o 
Executivo", disse.
Marco Maia negou que a divulgação dos salários possa expor os funcionários da 
Câmara a ponto de deixá-los mais vulneráveis a assaltos e sequestros. "Acho que 
não é o caso do Brasil. Também não são salários exorbitantes, que levem a uma 
situação de perigo, de sequestro. São salários normais, naturais, pagos por um 
país que está se desenvolvendo nos últimos anos. Então, não vejo nenhuma crise, 
nenhum problema."
Na última quinta (17), a presidente Dilma Rousseff editou decreto 
determinando que os ministérios e órgãos do Executivo federal divulguem quanto 
ganha cada servidor, inclusive auxílios, ajudas de custo e vantagens. Nesta 
terça (22), o Supremo Tribunal Federal aderiu à iniciativa e decidiu 
que divulgará nominalmente todos os salários vantagens e subsídios dos 
servidores da Corte. A medida vale somente para o STF e não para todo o  
Judiciário.
O Legislativo era o único Poder que ainda não havia se manifestado 
oficialmente sobre o assunto.
"Os Poderes estão em sintonia com os anseios da sociedade. Conversei com o 
presidente Sarney e decidimos o que o Parlamento, o mais transparente dos 
Poderes, deveria dar esta resposta à sociedade", disse Marco Maia.